A menina dos olhos da Rede Glodo de Televisão, o Big Brither Brasil voltou ao ar neste mês e pela décima primeira vez ouvimos com frequência discussões sobre o reallity. Os "anti-bbb" expõe a dita futilidade do programa (que diga-se de passagem não hesita em proporcionar cenas fúteis), por sua vez os defensores do reallity, apesar de admitirem alguns exageros, apóiam a diversão que o programa lhes proporciona.
Desde o romance 1984 (George Orwell) a expressão Big Brother vem associada à imagem da vigilância e do controle, o que por natureza e própria experiência deveríamos repelir, mas ao contrário disto o nome foi dado à um programa norte-americano que fez enorme sucesso tanto lá, quanto aqui. Ficamos todos atentos à teletela assistindo passivamente ao grande irmão. OH DEUS! ESTAMOS A FAVOR DA TIRANIA?!
Peço licença para expressar minha particular (e claro controversa) opinião sobre tal programa: Para mim o BBB é potencialmente produtivo. MAS CALMA srs contrários! Ser em potencial não quer dizer que esteja sendo. Por exemplo: o reallity global seria para Freud um mar de conteúdos para análise. Por serem vigiados e confinados, os participantes passam a ser cobaias que suplicam análise. Em um ambiente com diversas pessoas diferentes e com os mais variados hábitos e comportamentos, o BBB é uma vitrine para se descobrir mais sobre o ser humano. Infelizmente ele não está sendo tão bem aproveitado.
Com o passar das edições o programa diário passou a focar nas “baixarias” e futilidades. O beijo na festa passou a ser mais importante do que a atitude ética que determinado participante tomou em não prejudicar alguém. Infelizmente a mente coletiva ainda é controlada pelos meios de comunicação (e mais precisamente pela televisão). Como Roma viveu, estamos vivendo na política do “pão e circo”. Damos diversão e eles ficam satisfeitos. A diversão tomou a dianteira e “fechou” o caminho para a busca do conhecimento.
Devo dizer que sou extremamente a favor da livre expressão e da liberdade às emissoras de TV, porém acho que não estamos preparados para absorver o que nos é oferecido IMPERCEPTIVELMENTE, uma vez que é óbvio que ninguém da produção do programa está interessado (ou já esteve algum dia) em oferecer uma vitrine de conhecimento.
Vender e vender é tudo que importa, é o capitalismo selvagem. O povo quer “baixaria”, FAREMOS tal, o povo quer obscenidade, faremos, o povo quer intrigas e ignorância, estamos lá dando-lhes. Welcome to the Jungle.
"O Grande Irmão zela por ti", "Big Brother is watching you".
Thiago Antonio Varanda
A título de curiosidade (Fonte: Wikipédia)
A revista Book classificou o Big Brother como o número 59 na sua na lista "100 Melhores Personagens de Ficção Desde 1900".
Em Outubro de 2006, o Book colocou o Big Brother em segundo lugar na lista das "101 Pessoas Mais Influentes Que nunca Viveram". (em referência ao romance 1984)
A Revista Wizard nomeia ele como o 75º maior vilão de todos os tempos. (em referência ao romance 1984)
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